terça-feira, 4 de agosto de 2009

Entrevista - João Tavares


Este homem, anda por aqui à muitos anos - João Tavares.

Bip Bip - Quando e como aconteceu o interesse pelo Slotcar?

João Tavares (JT) - O meu interesse pelo slotcar iniciou-se em 1966, época em que frequentei as pistas da "Meta" na Costa da Caparica, tendo depois começado em 1/24 nas "Mil Milhas", "Circuito" e "Limo Verde", etc, sempre nesta escala. A 1/32 não tinha à época grande impacto e tendo participado em algumas provas das quais destaco o "GP Daytona -Cox". Nunca tive pista em casa e como tal por vezes fazia umas provas de 1/43 Jouef em casa de amigos. Passei por diversas décadas e assisti à extinção e renascimento da modalidade por diversas vezes e sempre em pistas como o "Jardim Cinema", "Campo de Ourique" e em casa do Fernando Maia onde nos refugiamos quando nos anos 90 fecharam o Slot Club de Lisboa em Benfica, sou portanto um resistente de várias crises.


Bip Bip - Slotcar como coleccionismo ou competição?

JT - Nunca tive o slot como colecção, porque penso que se tem motor, é para andar, no entanto neste regresso em 2004 e talvez por estar ligado aos automóveis clássicos, comecei a gostar de ter os carros mais fieis aos reais e alguns "dói-me" um bocado correr com eles.


Bip Bip - Rally / raidslot ou velocidade?

JT - Velocidade, desde que troféus com carros iguais e rally's "limpos". Raid não me atrai muito pela má experiência do único em que participei.


Bip Bip - Momento mais marcante vivido no slotcar?

JT - Talvez não um, mas dois: a minha primeira prova do Memorial Carpinteiro Albino pelo tipo de prova , os carros, tudo o que envolveu, apesar de naturalmente, ter coisas que deveriam ter sido melhoradas em edições posteriores se as tivesse havido, penso que as Memórias em Slot tem tentado fazê-lo, mas é demasiado permissiva em regulamentos.


Bip Bip - Panorama actual e perspectivas para o futuro?

JT - O panorama actual, e sei que vou ter muita gente a negar, é francamente mau em termos económicos e se não existisse a internet, suponho que muitas pistas iriam fechar desde já. Partilho a opinião, que as pistas que não tenham uma componente associativa não sobreviverão à concorrência das grandes superfícies. Salvo excepções, esta poderá ser mais uma época de fecho e é pena porque os donos têm de pensar não só na parte comercial, mas na vertente de fidelização, não de clientes, mas de frequentadores. O futuro passa pois por provas com carros baratos e o mais simples possivel, dando igualdade e desporto a baixo custo, sem isso não há futuro, porque não há poder de compra.


Nota: o conteúdo das respostas é da exclusiva responsabilidade dos entrevistados.

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