terça-feira, 30 de junho de 2009

Entrevista - Luis Santos

A entrevista que se segue é com Luís Santos.


Bip Bip - Quando e como aconteceu o interesse pelo Slotcar?

Luis Santos (LS) - Bom, o inicio foi no Natal de 1968, se não estou em erro, uma Scalextric oval, que nos primeiros dias só não esteve 24 horas por dia ligada, porque não era possivel, depois nasceu um irmão e acabou por desaparecer.
Posteriormente, já em 1984 acabei por comprar um Polistil, numa papelaria que havia na Rua D. João V (perto das Amoreiras) e tinha algumas pistas dessa marca, que ainda guardo, a entrada definitiva foi mesmo em 2005/6 quando o Carlos Ferrari, me perguntou se não queria ir ao Cacém (AE Slot) dar umas voltas numa pista que lá havia (e ainda há), a partir dessa altura fiquei para continuar.



Bip Bip - Slotcar como coleccionismo ou competição?

LS - Por vezes pensa-se em coleccionar, mas depois dá pena de ver aquelas coisas ali paradas sem movimento e pronto é mesmo competição.


Bip Bip - Rally / raidslot ou velocidade?

LS - Felizmente ou infelizmente as três, efectivamente inicialmente foi a velocidade durante algum tempo, mas depois de surgiu o rally (paixão antiga nos 1:1 que nunca tive possibilidade) e por último os obstáculos e saltos do raidslot.


Bip Bip - Momento mais marcante vivido no slotcar?

LS - Quase todos, alguns pela positiva, outro pela negativa, mas os mais intensos e marcantes pelo seu envolvimento foram as 24 horas Slot.it do Cartaxo e as 12 horas de raidslot em Alhandra.


Bip Bip - Panorama actual e perspectivas para o futuro?

LS - O panorama actual está de certa forma condizente com o País cinzento escuro, quase negro, cada um puxa para seu lado e a corda estica, estica só espero que não chegue a partir. Sendo um optimista penso que o futuro será risonho se a corda não partir, ou será melhor partir, para começar tudo de novo? Essa duvida ficará sempre.


Nota: o conteúdo das respostas são da exclusiva responsabilidade dos entrevistados.

domingo, 28 de junho de 2009

Campeonato Regional Sul Rallyslot 1/32 - 1/24

Todo o fim de semana decorreu em excelente ambiente, o que já vinha sendo habitual nas anteriores provas. A disputa do campeonato estava ao rubro, a equipa Azislot tinha fortes possibilidades de conseguir os tão almejados primeiros lugares.


O que afinal viria a acontecer, apesar da enorme prestação de Pedro Figueiras, o homem estava com o "dedo todo" este fim de semana e vendeu cara a derrota nos campeonatos em disputa. Pedro Menezes ganhou o Grupo N e Pedro Figueiras os Clássicos em 1/32.

Pedro Menezes ganha também o S1600 1/32.

WRC 1/24, Pedro Afoito ganha o campeonato, deixando Pedro Figueiras e Pedro Menezes todos separados por apenas um ponto!

Clássicos 1/24, José Raposo ganha com todo o mérito, bem o merece, esforçado e empreendedor, conseguiu fazer carros competitivos, sem experiência, mas com força de vontade.

A pedido da organização publicam-se aqui as classificações do ultimo rally disputado no Parque da Cidade do Barreiro, tendo como anfitrião o SlotArrábida.

Classificação Grupo N - 1/32

Classificação Clássicos - 1/32

Classificação S1600 - 1/32

Classificação WRC - 1/24

Classificação Clássicos - 1/24


Nota: estes dados fora retirados do blogue Slot BRR, cedidos pela organização.


Classificações finais do Campeonato

Grupo N - 1/32

Clássicos - 1/32

S1600 - 1/32


WRC - 1/24

Clássicos - 1/24

Video Raidslot JP Racing 2009

Apesar de ser um vídeo de uma marca de produtos para comercialização, é de alguma forma ilustrativo das dificuldades da edição deste ano.

sábado, 27 de junho de 2009

Entrevista - Henrique Abreu

O Henrique e o seu filho Duarte "Pirata", fazem uma dupla fantástica, são apaixonados pelo slotcar e a maior prova disso é a vontade de competir ao mais alto nível no Campeonato de Espanha de Plafit 1/24. Foram à aventura sem prática mente experiência nenhuma e têm neste momento alguns registos absolutamente extraordinários.



Mais informações sobre os Slot Sharks: http://slotsharks.blogspot.com/

Bip Bip - Quando e como aconteceu o interesse pelo Slotcar?

Henrique Abreu (HA) - Aos 9 anos recebi a minha primeira pista Carrera.


Bip Bip - Slotcar como coleccionismo ou competição?

HA - Eu vejo/pratico o slotcar puramente na sua vertente competitiva.


Bip Bip - Rally / raidslot ou velocidade?

HA - A minha primazia vai para a velocidade, pois permite a disputa calha a calha em competição directa com os adversários, permitindo assim usufruir da "descarga de adrenalina" que esses momentos provocam.


Bip Bip - Momento mais marcante vivido no slotcar?

HA - O nono lugar na geral obtido com o meu filho na 3ª prova do CERP 2009 disputada em Zaragoza.


Bip Bip - Panorama actual e perspectivas para o futuro?

HA - De momento o Slot em Portugal encontra-se muito dividido e fraccionado.

Existe uma forte componente de coleccionismo, enquanto que os poucos que participam em competição se dividem por 3 categorias (Raid, Rally e Velocidade) e por diversas pistas/clubes espalhados pelo país.
A maior parte desses participantes acabam por optar em participar nos eventos desportivos alocados ás pistas que regularmente visitam pelo que, iniciativas ou campeonatos interpistas são pontuais e estão confinadas ao esforço organizacional de alguns poucos que dinamizam o slot pelo amor à camisola.
Sem a realização de campeonatos regionais interpistas com regulamentos homogéneos e acessíveis a pilotos iniciados, não será possível criar uma base alargada de participantes que possam evoluir e disputar campeonatos nacionais que sejam abrangentes e competitivos. Penso que não é necessário reinventar a roda, basta olhar para os nossos vizinhos e ver o que lá se faz com sucesso.


Nota: o conteudo das respostas são da exclusiva responsabilidade dos entrevistados.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Entrevista - Carlos Cunha

A entrevista que se segue é com Carlos Cunha, homem das pinturas avançadas como o "degradê" e outras técnicas que não nos atrevemos a escrever. Após alguns meses de intervalo, bem vindo de novo ao hobby.


Bip Bip - Quando e como aconteceu o interesse pelo slotcar?

Carlos Cunha (CC) - Em 2003, quando a JP Racing abriu as portas ao publico. Comprei um BMW M3 GTR da Fly (foi logo a minha primeira experiencia na pintura) para fazer um campeonato nocturno. Lindo!!!


Bip Bip - Slotcar como collecionismo ou competição?

CC - Um pouco das duas, mas a competição (no meu caso) é pura diversão. Divirto-me a ver os carros nas pistas.


Bip Bip - Rally / raidslot ou velocidade?

CC - Todas, gosto muito de provas de resistência (6, 12 e 24 horas), rally e a minha verdadeira paixão raidslot. Delicio-me a ver os carros (os meus e os dos outros), e as pinturas que eu fiz. Não são nada de especial, mas fui eu que fiz.


Bip Bip - Momento mais marcante vivido no slotcar?

CC - Tenho dois:
Primeiro rally em que participei (Copa Clio (Ninco) - fiz terceiro lugar) e isso deu-me acesso à final nacional em Coimbra, tinha pouco mais de dois meses de slot.
O segundo, foi um rally em que fiz quarto (creio eu) e o meu filho (Tomás Cunha) ganhou o troféu infantil com sete anos e disse assim, para quem quis ouvir: "Pai, não sei, mas eu levo uma taça para casa e tu levas a mala dos carros". E essa tendência de ficar à minha frente mantém-se.


Bip Bip - Panorama actual e perspectivas para o futuro?

CC - Ui!!!
Faz-me lembrar quando eu andava na escola, fazíamos um jogo com uma corda (não me recordo do nome), mas sei que éramos cinco de cada lado a puxar para ver quem derrubava quem.
Enquanto essa atitude se mantiver no slot nacional! Meus amigos! Ficamos exactamente onde estamos.
Já é tempo de sobra para os promotores do slot nacional se unirem em torno desta causa, porque eles também são parte interessada.
Deixo dois pontos que creio são importantes:
- Uniformizar os regulamentos, isso permite que qualquer piloto tenha carro para correr em qualquer pista nacional.
- Calendarizar provas, (sei que não é fácil), mas já foi tentado?


Nota: o conteudo das respostas são da exclusiva responsabilidade dos entrevistados.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Entrevista - Pedro Figueiras


O homem que se segue é Pedro Figueiras, há muito que deixou de ser uma promessa, está confirmadissimo, é um grande piloto de slotcar!


Refira-se também que o "puto" saca fotos como ninguém, algumas delas são verdadeiras obras de arte!



Bip Bip - Quando e como aconteceu o interesse pelo Slotcar?

Pedro Figueiras (PF) - Aconteceu quando um grande amigo do meu pai abriu uma loja de radio modelismo chamada Small Race, nas Pontes, perto de Gâmbia e como os slots eram a vertente mais baratinha no meio daquilo tudo, ficamo-nos por ai.



Bip Bip - Slotcar como coleccionismo ou competição?

PF - Competição acima de tudo, mas também algum coleccionismo assim como os recentes modelos da SCX, que têm saído lindíssimos e alguns carros de pilotos portugueses.


Bip Bip - Rally / raidslot ou velocidade?

PF - Eu e o meu pai temos vindo, cada vez mais a fazer mais rally's, não só pelo convívio mas também pelo espírito desportivo que falta um pouco na velocidade, mas não quer dizer que a deixamos de parte, basta chamarem-nos para umas 24h ou algo do género he he he !



Bip Bip - Momento mais marcante vivido no slotcar?

PF - Provavelmente a primeira prova ganha numa pista de plástico por 7 centésimas de segundo ao Paulo Campos na JP-Racing, eu de C4 da Ninco e ele de Clio da NSR, onde consegui ganhar no ultimo troço da ultima passagem por ele ter feito trampa.



Bip Bip - Panorama actual e perspectivas para o futuro?

PF - Bem, actualmente acho que o slot é bastante atacado de críticas destrutivas e zero construtivas. É verdade que há crise e que se sente por quase toda a gente, mas não há-de ser a crise que tira a paixão pelo Slot. É bom fazer-se provas em que se juntem vários clubes, assim como o Regional Sul, mas mesmo assim queixam-se que não há provas interessantes ou que é "só para campeões" (deve ser por causa da palavra "regional"). Queixam-se nos fóruns de não haver novas iniciativas para provas diferentes mas quando os clubes se esforçam não aparece ninguém nas provas, é claro que os donos de pista ficam desmotivados. Futuramente gostava de ver críticas construtivas e mais apoio entre os slotistas, principalmente na velocidade, que é coisa que vejo pouco. Gostava que não houvesse "zangas" entre donos de pista, o que leva a afastarem-se e a perder oportunidades de se juntarem e fazer grandes provas de maneira a que pudessem promover ainda mais o Slot Português.


Nota: o conteúdo das respostas são da exclusiva responsabilidade dos entrevistados.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Entrevista - Jaime Almeida


Personagem sobejamente conhecida de todos os slotistas, quem é que não foi já abordado por ele com a célebre frase "Dá-me aí um jeito às patilhas se fazes favor!"


Bip Bip - Quando e como aconteceu o interesse pelo Slotcar?

Jaime Almeida (JA) - Comecei na pré historia do slot nacional na velha e desaparecida pista do Jardim Cinema já lá vão mais de trinta anos, era perto da casa dos meus pais e vai dai comprei um chassis na moda na altura de seu nome Cucaracha, o mais bonito é que eu arranjei o dinheiro, com o dinheiro que a minha mãe me dava para o eléctrico para ir para a escola e eu ia a pé do Conde Barão ao Rato, eram 5 tostões salvo erro, custava um chassis daqueles, 5 escudos, agora 0,025 cêntimos eh eh eh eh eh!!!
Voltei em 2005 quando fui a feira de Nuremberga na Alemanha e lá conheci os mestres Jaime e Pedro, daí até ao Cartaxo foi um pulinho, tinha na altura 5 carros hoje tenho mais de 700 eh eh eh!!!

Bip Bip - Slotcar como coleccionismo ou competição?

JA – Hoje em dia os slots são tão perfeitos, que mais vale coleccionar slots do que estáticos vulgarmente conhecidos por kits, mas para mim tudo o que tenha motor e ande tem de ser racing eh eh eh!!!


Bip Bip - Rally / raidslot ou velocidade?

JA - Numa palavra, não troco uma boa prova de velocidade por um mau rally.


Bip Bip - Momento mais marcante vivido no slotcar?

JA - Foi uma das minhas raras vitórias nos rally’s de slot quando no ano passado no rally que se fez a seguir ao raid do Cartaxo nas mesmas pistas, eu apanhei os prós distraídos e vai dai, zás, ganhei eh eh eh!!!


Bip Bip - Panorama actual e perspectivas para o futuro?

JA - Como em tudo na vida há os prós e os contras, mas nesta modalidade há mais contras do que prós, digo isto porque os nossos pilotos em vez de darem as mãos aos organizadores só sabem criticar os mesmos, senão vejamos, é certo que sem palhaços não há circo, mas também sem palco não o há e se os tratarmos, os ditos organizadores mal, eles abandonam e nós vamos fazer “carreras” para a assembleia da republica, como todos sabem, isto é um negocio de tostões, não como o café que da milhões, mas aqui gasta-se mas é milhões e só com a carolice de alguns loucos no bom sentido é que o slot tem ido para à frente.
Quanto ao futuro, como diz o povo a Deus pertence, mas neste caso esta nas nossas mãos ajudar os organizadores, sejam eles beltrano ou sicrano, temos é de lutar na mesma direcção e deixar de haver as lutas de bairrismo que não nos levam a lado nenhum.

Nota: o conteúdo das respostas são da exclusiva responsabilidade dos entrevistados.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Entrevista - José Maria Raposo

O entrevistado de hoje é um dos elementos da equipa Azislot e recente vencedor do Campeonato Regional Sul de Clássicos 1/24.



Bip Bip - Quando e como aconteceu o interesse pelo Slotcar?

José Maria Raposo (JMR) - Desde miúdo, com cerca de 6 anos com uma marca que já não existe: JOUEF. Retomei novamente á cerca de 5 anos.


Bip Bip - Slotcar como coleccionismo ou competição?

JMR - Só competição. Os carros estragam-se nas prateleiras.


Bip Bip - Rally / raidslot ou velocidade?

JMR - Todas, mas um gosto especial pela velocidade.


Bip Bip - Momento mais marcante vivido no slotcar?

JMR - 12 Horas na Hotslotracing, por equipas. O ambiente foi fabuloso, a prova bem disputada com os primeiros bastante próximos e correu tudo bem á n/equipa.


Bip Bip - Panorama actual e perspectivas para o futuro?

Opinião pessoal: Actualmente em Portugal tenho a sensação que está tudo á sombra da bananeira e sem vontade de fazer evoluir ou divulgar mais a modalidade (independentemente da conjuntura actual). Para futuro temos que pensar de uma forma mais abrangente a todos os níveis, procurar realizar acções para cativar novos "slotistas", por exemplo junto a escolas, traga um amigo e ..., etc. O slot não deve ser uma actividade local mais sim de uma abrangência se possível nacional. Promover provas com diversos clubes ou lojas como por exemplo se verifica com o Rally Regional Sul. Harmonizar os regulamentos na medida do possível. Um carro por clube sai bastante caro para muitos praticantes. Voltar a criar classes "entry level" onde só é possível correr com carros de caixa, onde os custos são controlados, ex. o antigo grupo T1. O mesmo se deve aplicar aos rallys e velocidade. Por ultimo e talvez o mais importante seria criar uma associação de âmbito nacional onde entre outras coisa deveria efectuar regulamentos desportivos e técnicos onde todas as casas deveriam participar na elaboração dos regulamentos e se possível o mais parecido com Espanha. Será que nesta disciplina não é possível arranjar um consenso? Caso isto não seja possível o slot nunca irá passar da "cepa torta". Nas outras modalidades de uma forma ou de outra temos regulamentos nacionais e daí o seu sucesso. Deve existir interesse ou acordo entre as diversas "lojas e clubes" para uma harmonização geral. Sei que é fácil falar, e criticar nisto de uma maneira geral os slotistas são bons.

PANORAMA ACTUAL DO SLOT EM PORTUGAL: Cada uma manda na sua "quintinha" e está-se nas tintas para os outros (com algumas, mas poucas excepções), isto em termos de regulamentos. Por favor acordem ou o slot está condenado. É raro ver a juventude interessar-se pela modalidade a divulgação pelos vistos não tem sido feita da forma mais adequada. Como resultado vamos ter que nos virar para os "Nuestros hermanos" para o bem para o mal. Não esquecer um ditado muito antigo que refere o seguinte (a sabedoria popular tem a sua razão de ser): "De Espanha nem bons ventos nem bons casamentos". Onde está o orgulho nacional, o País mais antigo da Europa.


Nota: o conteúdo das respostas são da exclusiva responsabilidade dos entrevistados.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Entrevista - José Ribeiro

A entrevista que se segue é com José Ribeiro do SCCL.




Bip Bip - Quando e como aconteceu o interesse pelo Slotcar?

José Ribeiro (JR) - Há cerca de 1 ano atrás. Mas na realidade há bastante mais. O slot era, na minha infância, O brinquedo (com O grande). Lembro que era criança e ficava horas esquecidas de nariz pregado ao vidro do Biaggio Flora na Rua do Ouro a admirar aqueles carrinhos que andavam naquela pista permanente, cheia de cor e magia. . .

Desde ai, imaginas, foi sempre o pedido para o Pai Natal e de passagem de ano escolar.

E eis que finalmente esse dia chegou. Terminada a 4ª classe (há quanto tempo. . . .) e lá apareceu o meu pai, todo sorridente, com a pista Jouef em forma de 8 com um Lotus e um Brabham a reluzir. Nem dormi. . .

Guardo ainda hoje essa pista com um carinho sem limites. Pudesse eu ter também guardado o meu pai e o seu sorriso.

Mais tarde, recordo-me, juntava-me com um vizinho e, juntando as duas pistas (ele também era doido pelos carrinhos. . .) fazermos grandes maratonas de corridas que, invariavelmente, o meu Lotus verde ganhava.

Anos passados veio o Liceu (Pedro Nunes) e com ele o incontornável Jardim Cinema. Uma coisa diabólica, as baldas às aulas. . . Mas ali tudo era diferente. . .

Rodas de esponja cor de laranja, guias de patilhão basculantes, uns motores do outro mundo e umas carroçarias que mais pareciam uns pacotes de margarina vaqueiro virados ao contrario e uma velocidades estonteante. Era outro slot. Umas espreitadelas na pista junto ao CACO, umas idas à Parede ao Limo Verde e à Minabela na Amadora e pouco mais. Mas a magia cá ficou.

Acabado o liceu veio a faculdade, o trabalho, o casamento, o filho e o slot, pelo menos o meu, ficou religiosamente guardado na caixa da pista Jouef.

Há um ano atrás, em amena cavaqueira com um amigo, soube da existência de um clube de Slot. Ainda há disso? Perguntei. Aparece! Foi a resposta.

E lá fui eu ao SCCL ver o slot, 30 anos depois. Ambiente simpático, malta catita e dispostos a responder a 387.000 perguntas. E pronto, foi assim.

30 anos depois.


Bip Bip - Slotcar como coleccionismo ou competição?

JR - Como competição, sem duvida.

Tem motor? Então é para andar.



Bip Bip - Rally / raidslot ou velocidade?

JR - Velocidade e, paixão recente, o Raid.

A primeira vez que vi um Raid foi as 12 horas em Alhandra. Fui assistir, levado apenas pela curiosidade pois nem sabia o que iria encontrar.

Quando cheguei nem queria acreditar. A quantidade de farinha, os obstáculos , os saltos, as lombas. . . Jamais eu havia imaginado que um carro de slot pudesse passar por aquilo.

Gosto disto, pensei. Hei-de experimentar. E pronto, toca a comprar um slot para raid! T quantos? Ahhh T1, T2 e T3? O resto é fácil de adivinhar.

Entretanto, duas experiências de Raid em Madrid. Impressionantes, os 350 carros a concorrer. Gostei muito da excelente e numerosa comitiva Portuguesa.



Bip Bip - Momento mais marcante vivido no slotcar?

JR - Quando recebi a minha pista Jouef. Claro.

Vou destacar dois, apenas pelo oposto das sensações. Apesar de não fazer parte da equipa do SCCL fui em 2008 ver partes da prova de 24 horas ao Cartaxo e dar um abraço aos seus elementos. Pela organização da prova, pela dimensão, pela competição pela espectacularidade e pelo ambiente que lá se vivia senti que o slot tem futuro.

Pela negativa destacaria um péssimo momento de pistagem minha numa prova da Resistejo em que o carro me fugiu da mão e se estatelou no chão 3 metros atrás de mim. Levo bastante a serio a função de pistador. Tento estar concentrado, atento e fazer tudo o que esta ao meu alcance ajudar o piloto que se despista. Dessa vez não consegui e fiquei bastante desapontado comigo mesmo.


Bip Bip - Panorama actual e perspectivas para o futuro?

JR - Esta é a pergunta do milhão de dólares. Honestamente, a minha juventude no hobbie não me permite fazer uma abordagem suficientemente detalhada e com o conhecimento adequado. Não queria ser acusado de demasiado ligeiro ou leviano na apreciação que faço.

No entanto e enquanto observador razoavelmente distante posso ainda assim adiantar dois ou três aspectos que me parecem mais relevantes para o desenvolvimento e crescimento do hobbie.

Estrutura ou modelo organizativo

Penso faltar ao actual modelo de competições locais da responsabilidade dos respectivos clubes, uma estrutura de âmbito nacional, equidistante dos interesses particulares de cada clube e que possa trabalhar em cima de alguns pilares que a meu ver são básicos e do interesse geral, dos quais destacaria:

1 Os regulamentos

Penso que uma razoável harmonização dos diferentes regulamentos é fundamental para que o hobbie se possa desenvolver. A coexistência de um quase infindável numero de distintos regulamentos é claramente impeditiva de uma saudável rotatividade de pilotos entre as diferentes provas existentes

2 O plano desportivo

Eu espero, anseio e acredito ser possível a realização de um campeonato nacional de slot. Acho que é importante, é gerador de atenção, seria uma forma razoavelmente mediática de promoção do slot e poderia ser o catalisador de alguns interesse comerciais para o hobbie

3 Comissão técnica desportiva

O que se passa hoje do ponto de vista da avaliação técnica das competições e dos carros concorrentes é pouco menos que caricato. A verdade é que onde há uma competição, há uma classificação. Logo é imprescindível fazer cumprir o regulamento respectivo. Não faz qualquer sentido elaborar um regulamento para não ser cumprido e/ou que ninguém faz cumprir.

Estas são apenas algumas pequenas reflexões pessoais que apenas a mim me responsabilizam e que partilho com quem, com outra experiência e conhecimento possa desenvolver.

Muitas outras questões ficam por levantar mas essas deixo para quem, com outra propriedade, se possa pronunciar.


Nota: o conteúdo das respostas são da exclusiva responsabilidade dos entrevistados.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Entrevista - Paulo Campos


Segue-se a entrevista de Paulo Campos, um slotista também conhecido por ser frequentador assíduo de vários espaços aqui na zona da grande Lisboa e ao mesmo tempo ter a disponibilidade de manter e suportar o Slotcars-Forum sem qualquer tipo de ajudas.



Bip Bip - Quando e como aconteceu o interesse pelo Slotcar?

Paulo Campos (PAC) - Um colega levou-me ao Fell para irmos tomar café e andar com os carrinhos, fiquei doido, pois fez-me relembrar as horas passadas de volta do meu oito da Jouef há muitos anos atrás, voltámos no dia seguinte, ele comprou um carro, no dia seguinte comprei eu... e pronto... fiquei completamente viciado nisto.


Bip Bip - Slotcar como coleccionismo ou competição?

PAC - Sem duvida, os dois. O coleccionismo, para mim, mais na vertente "italiana" da coisa pois foram carros que "cresceram" comigo e pelos quais tenho uma admiração particular, a competição é para mim a "alma" do slot, sem ela não haveria evolução nem de pilotos nem de material, e a própria "pressão" que se sente traz uma adrenalina impressionante, e estou cada vez mais viciado.


Bip Bip - Rally / raidslot ou velocidade?

PAC - Gosto das duas, mas como diz o meu amigo Jaime Almeida, não troco um mau rally/raid por uma boa corrida de velocidade.


Bip Bip - Momento mais marcante vivido no slotcar?

PAC - Pessoalmente, sem duvida o deslumbramento inicial e o meu terceiro lugar em Espanha (ndr: categoria T2 no IV Open de Espanha de Raidslot Podium Slot)


Bip Bip - Panorama actual e perspectivas para o futuro?


PAC – Panorama actual, cada vez vejo isto mais negro, menos tolerância entre todos, menos associativismo, poucos pilotos novos e muita polémica, porque todos querem ser o melhor e ninguém quer ser pior que ninguém, cada um pensa em si e ninguém pensa em todos.

O futuro para mim passa por continuar a desfrutar da "fabricação" dos carros, da convívio nas provas, e das provas em si, pois no dia em que deixar de o fazer largo isto na hora. Espero sinceramente que alguém com uma varinha mágica consiga pacificar isto e colocar todos a puxar para o mesmo lado, senão não vamos a lado nenhum.


Nota: o conteúdo das respostas são da exclusiva responsabilidade dos entrevistados.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Entrevista - Luis Pedro Paula


Iremos apresentar ao longo de algum tempo, entrevistas com pessoas ligadas ao slotcar, sendo que as perguntas serão iguais para todos os entrevistados.


Daremos incio a esta série de entrevistas com o Luis Pedro Paula, sobejamente conhecido da maioria dos aficionados.

Bip Bip - Quando e como aconteceu o interesse pelo Slotcar?

Luis Pedro Paula (LPP) - O interesse pelo Slotcar é uma extensão directa da paixão pelos automóveis em geral e pelo desporto automóvel em particular. Como a maioria dos comuns dos mortais, nunca tive oportunidade de participar em competição automóvel a sério, por isso, nos últimos anos, o slotcar acaba por ser um “espaço” onde posso dar largas a essa vertente competitiva que existe em quase todos nós. Além do mais, quem é poderia ter meia dúzia de Ferrari, uma vintena de Porsche, clássicos caríssimos e modelos recentes na realidade? Muito poucos certamente. Ora o slotcar permite-nos ter isso tudo e muito mais.

Em miúdo sempre quis ter uma daquelas fantásticas pistas da Scalextric. Infelizmente, ofereceram-me um comboio eléctrico que andava às voltas. Nunca tive a tão desejada pista. Há uns anos atrás, a minha sogra teve a ideia peregrina de oferecer à minha filha mais velha, na altura com 6 anos, uma pista da Ninco que vinha equipada com um Toyota e um Seat de rally. No dia seguinte estava no Toy’s r Us a comprar um Porsche 911 GT3 (evidentemente) e não mais parei. Daí a construir a minha pista na garagem (que hoje já tem 30 metros) e a descobrir que havia uma série de malta porreira com uma mania semelhante, foi um pulo. Descobri o AESlot Club e a JP-Racing e comecei a participar nas provas. Hoje ainda por aqui ando.


Bip Bip - Slotcar como coleccionismo ou competição?

LPP - Como competição, porque é uma forma de reproduzir a realidade e “sentir” a mesma adrenalina: a preparação do carro, os treinos, as qualificações, a corrida. Também como coleccionismo, porque existem modelos soberbos que, ainda por cima, andam. Inicialmente a minha colecção não tinha qualquer objectivo, mas a partir de determinada altura comecei a dirigi-la para a minha verdadeira paixão que são os modelos representativos das 24 Horas de Le Mans.


Bip Bip - Rally / raidslot ou velocidade?

LPP - Velocidade, sem sombra de dúvida. Já experimentei rally e gosto sobretudo da escala 1:24. Os 1:32 em rally não me dão muito gozo. Raidslot parece-me interessante, mas como não tenho nenhum modelo, fico dependente de empréstimos para participar e tenho sempre receio, pela minha inexperiência, de estragar o que não é meu. Mas é na velocidade e principalmente nas provas de resistência e na disputa directa com os amigos e companheiros que encontro o prazer que se deve retirar de um hobby como este.


Bip Bip - Momento mais marcante vivido no slotcar?

LPP - São vários os momentos marcantes, mas destaco dois: a primeira vitória da equipa do AESlot Club, da qual eu fazia parte, no campeonato interpistas Slot Século XXI em 2005/2006; e mais recentemente o facto de ter conseguido organizar sozinho o campeonato de resistência por equipas ResisTejo, que envolveu várias equipas, muitos pilotos e 7 pistas da região da Grande Lisboa.


Bip Bip - Panorama actual e perspectivas para o futuro?

LPP - O panorama actual é bastante morno. Existem alguns problemas por resolver entre um número muito restrito de pessoas que acabam por passar uma imagem desajustada da realidade. E a realidade é toda uma série de praticantes, constantes ou esporádicos, que querem ter provas para correr e sítios para ir.

Creio que uma das formas de resolver o assunto é encontrarem-se campeonatos, provas, eventos, apelativos que chamem os praticantes. Outra forma é tentar uniformizar regulamentos e procedimentos organizativos para que qualquer praticante em qualquer lado saiba sempre com o que conta. Podemos ainda organizar campeonatos mais abrangentes que, pela sua periodicidade mais alargada, permitam estreitar laços e ir habituando os praticantes a uma dinâmica à qual ainda não estão habituados.

Nota: o conteúdo das respostas são da exclusiva responsabilidade dos entrevistados.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Carros originais T3

O amigo Rafael Esteban, participante no raid da JP Racing deste ano e que esteve connosco durante os ultimos três dias, trouxe parte da sua pequena colecção de carros originais, alguns deles trabalho completamente artesanal no que toca à carroçaria.




Lada Samara, carroçaria fabricada artesanalmente, segundo fotos do modelo original que fez o Dakar




A "Vaca Loca", Protruck utilizada para competir em T3 por Rafa Esteban e Pedro Afoito




Land Rover




Toyota 4 Runner




Toyota Land Cruiser




Lancia Delta Raid




Range Rover




Nissan Patrol, carroçaria artesanal, feita à mais de 20 anos




Mitsubishi Pajero (prototipo)




Toyota Land Cruiser



Citroen ZX

segunda-feira, 15 de junho de 2009

V Raid JP Racing 2009

Em jeito de balanço final e antes de qualquer comentário, obrigado JP Racing por estes quatro dias de competição!

Apesar das contrariedades, a resposta dá-se com o trabalho apresentado, três troços maiores, aproximadamente 25% mais que no ano anterior, todos eles superiores a 300 elementos de pista, 324, 391 e 354 mais concretamente!

Soberbamente decorados como é habitual e tecnicamente perfeito.

Felizes os que puderam estar presentes e participar, a história faz-se de grandes momentos, e este é um grande momento, sem qualquer sombra de duvida.

Resultados finais, apesar de ainda carecerem de confirmação oficial.


http://viewer.zoho.com/docs/edaXR


Os 10 primeiros de cada categoria:


T1 Ninco

15 Pedro Menezes T1 1º - T1 8422
22 João Cavaco T1 2º - T1 8257
54 José Azevedo T1 3º - T1 7622
55 Miguel Ribeiro T1 4º - T1 7619
58 Juanma Hernández T1 5º - T1 7577
59 Tomás Cunha T1 6º - T1 7575
63 Carlos Sánpei T1 7º - T1 7539
67 Rafael Esteban T1 8º - T1 7473
70 Carlos Cunha T1 9º - T1 7427
72 Guilherme Justino T1 10º - T1 7411

José Júlio Azevedo consegue entrar no Podium, alcançando um excelente resultado.


T2 SCX EXIN Power slot

14 Paulo Campos T2 1º - T2 8440
26 Angel Garzón T2 2º - T2 8156
28 Pedro Afoito T2 3º - T2 8066
30 Pedro Menezes T2 4º - T2 8016
34 Isaque Avelino T2 5º - T2 7962
35 Juanma Hernández T2 6º - T2 7935
44 Pedro Figueiras T2 7º - T2 7768
46 Marcos Garcia T2 8º - T2 7761
52 Omar Balani T2 9º - T2 7651
60 Antonio Ribeiro T2 10º - T2 7569


T3 Prototipos

1 Angel Garzón T3 1º - T3 9792
2 Marcos Garcia T3 2º - T3 9431
7 Rafael Esteban T3 3º - T3 8936
8 Eduardo Mateo T3 4º - T3 8892
9 Pedro Miguel Cunha T3 5º - T3 8868
10 Omar Balani T3 6º - T3 8862
11 Pedro Afoito T3 7º - T3 8840
12 Rui Carriço T3 8º - T3 8724
18 Jose Ribeiro T3 9º - T3 8347
19 Jorge Carvalho T3 10º - T3 8342

Pedro Cunha e Rui Carriço, acabam por conseguir um bom resultado, tendo em conta que até ao 8º classificado, exceptuando nós, todos os pilotos competiram com chassis SlotSolution ou Project Slot, adequados ao tipo de piso e obstáculos deste raid, o resultado foi bastante bom.



T4 Motos

37 José Júlio Azevedo T4 1º - T4 7889
50 Rui Carriço T4 2º - T4 7670
66 Carlos Sánpei T4 3º - T4 7475
81 José Serrão T4 4º - T4 7298
86 João Cavaco T4 5º - T4 7175

A moto de Rui Carriço foi partilhada pela equipa, decisão acertada, pois conseguimos os dois primeiros lugares.


T5 Camiões

3 Angel Garzón T5 1º - T5 9348
16 Pedro Miguel Cunha T5 2º - T5 8415
17 Marcos Garcia T5 3º - T5 8387
20 Rui Carriço T5 4º - T5 8341
29 José Raposo T5 5º - T5 8061
31 Carlos Cunha T5 6º - T5 8012
32 Diogo Carvalho T5 7º - T5 7989
43 Jorge Carvalho T5 8º - T5 7773
47 Miguel Ribeiro T5 9º - T5 7755
48 Pedro Afoito T5 10º - T5 7685

Apesar de longe do estratosférico Angel Garzon, conseguimos um bom resultado, Pedro Cunha (chassis de carbono MSC) consegue ultrapassar Marcos Garcia, piloto oficial SlotSolution e Rui Carriço (chassis de carbono artesanal) fica a apenas a 46 pistas do mesmo piloto!


T6 1/24

4 José Serrão T6 1º - T6 9129
5 Rui Carriço T6 2º - T6 9095
6 Rafael Esteban T6 3º - T6 9034
13 José Raposo T6 4º - T6 8601
27 Nelson Casquinha T6 5º - T6 8113
38 Diogo Carvalho T6 6º - T6 7868
84 Jaime Almeida T6 7º - T6 7259
92 Jorge Carvalho T6 8º - T6 7060
93 Francisco Isqueiro T6 9º - T6 7057
118 Juanma Hernández T6 10º - T6 6655

Desde cedo José Serrão marcou a corrida de 1/24, o resultado alcançado no primeiro dia, seria eterno, Rui Carriço ficou muito perto a apenas 34 pistas, contudo a vitória seria naturalmente entregue a Rafa Esteban, que acabou em 3º, mas após uma queda no 2º troço, corre todo o ultimo troço com a carroçaria apenas assente no chassis, grande corrida, grande atitude, com um carro em péssimas condições, mas disse-o ao longo dos 7 min de troço, "Nunca se desiste!" e digo 7 min, porque no ultimo minuto, já não andou, porque um embate na traseira do comboio, destruiu tudo o que restava do carro.

Pedro Cunha, ficou infelizmente arredado da luta pelo Podium, porque a ruptura total da guia do seu Peugeot 205 assim o ditou.

A equipa Bip Bip felicita todos os vencedores, a organização e todos os presentes com especial menção aos que se disponibilizaram a participar como pistadores, mesmo fora dos dias em que competiram.



quinta-feira, 11 de junho de 2009

V Raid JP Racing 2009 - Troço 3

Troço 3 - Pista Ninco, pista de madeira sob diversas formas, o obstáculo móvel é o habitual comboio que se cruza e circula em paralelo com a passagem dos carros, onde há um pequeno desvio que permite a ultapassagem, desde que a mesma seja rápida.

V Raid JP Racing 2009 - Troço 2

Troço 2 - Pista Ninco de raid, troço dificílimo, com desníveis de 2 metros e com muitos obstáculos.

V Raid JP Racing 2009 - Troço 1

Troço 1 - troço de arranque do Podium, pista SCX na sua maioria, misturada também com material Ninco e madeira, troço com obstáculo móvel.